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Colônia - Volume 1 - Coleção História Geral do Rio Grande do Sul

Diretores: Fernando Camargo, Ieda Gutfreind, Heloísa Reichel
Coordenadores: Nelson Boeira, Tau Golin
Autores: Nelson Boeira, Tau Golin, Fernando Camargo, Heloísa Jochims Reichel, Ieda Gutfreind, Miguel Frederico do Espírito Santo, Corcino Medeiros dos Santos, Protasio Paulo Langer, Helen Osório, Véra Lucia Maciel Barroso, Jorge Euzébio Assumpção, Cleusa Maria Gomes Graebin, Fábio Kühn, Luiz Fernando Rhoden, Eliane Cristina Deckmann Fleck, Ana Inez Klein
Págs.: 368 / 16 p. cor
Edição: 1ª
Formato: 18x23 cm
Idioma: Português (passagens em espanhol)
Lançamento: 2006
ISBN: 8589769240




 
   

Texto de orelha

Este volume focaliza a história do Rio Grande do Sul colonial.

Seus capítulos tratam da conquista e da ocupação do território do Brasil sulino. Insere as missões jesuíticas, desde a sua instalação, para a formação da economia, da sociedade e da cultura. O índio guarani, catequizado pelos jesuítas espanhóis, e o gado constituíram fatores decisivos de atração dos portugueses. Os numerosos rebanhos missioneiros fizeram com que o território fosse lugar de trânsito de caçadores, tropeiros, contrabandistas, aventureiros. A importância crescente que a pecuária assumiu foi significativa para que, posteriormente, viessem colonos portugueses e espanhóis, assim como imigrantes d'além-mar estabelecer-se definitivamente nas terras meridionais.

As disputas das Coroas por territórios não impediram que os intercâmbios econômicos e sociais se estabelecessem entre portugueses, espanhóis, nativos e negros que neles circulavam. A fronteira constituiu-se, para esses grupos, num fator de aproximação.

Este volume apresenta capítulos que contemplam temas da história econômica, social e cultural.

A história colonial marcou o Rio Grande do Sul até o presente nos aspectos econômicos, sociais e culturais.

Coleção História Geral do Rio Grande do Sul:

Volume 1 Volume 2 Volume 3 -
Tomo I
Volume 3 -
Tomo II
Volume 4 Volume 5
Colônia Império República - República Velha 1889-1930 República - República Velha 1889-1930 República -
Da revolução de 1930 à ditadura militar (1930-1985)
Povos Indígenas




 
 

Apresentação

Fernando Camargo,
Heloisa Jochims Reichel,
Ieda Gutfreind

A disputa do atual território sul-rio-grandense pelos Impérios português e espanhol marcou a história colonial do Brasil meridional. Ela foi responsável pela indefinição das fronteiras ao longo de todo período. Promoveu ações diplomáticas e conflitos que se traduziram em vários tratados de limites, como também o estabelecimento de núcleos populacionais que afetaram continuamente a vida das populações que habitavam o território.

A permanência dessa disputa e a alteração dos limites territoriais que dividiam os Impérios ibéricos na América meridional sofreram a influência das transformações na economia, na sociedade, na política e na mentalidade do mundo ocidental ocorridas ao longo dos séculos XVI ao XIX. Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), formulado a partir das razões do mercantilismo e do fortalecimento dos Estados nacionais, o domínio de territórios visava à acumulação de metais e do fortalecimento político das Coroas ibéricas. Quase três séculos após, o Tratado de Santo Ildefonso (1777), amparado nas idéias iluministas e na política econômica fisiocrata, incluía também nas razões da luta pela posse de territórios a importância produtiva das terras. 

A disputa territorial entre portugueses e espanhóis refletiu-se também na historiografia que aborda a história colonial. Na sua grande maioria, os autores focalizam esta fase considerando apenas o período e o espaço que correspondem à presença portuguesa no território. Nessa perspectiva, a fundação do presídio de Rio Grande, em 1737, é considerada o marco inicial da história do Rio Grande do Sul, restringindo o território colonial a uma faixa litorânea que se estendia de Rio Grande em direção ao norte. As terras a noroeste, onde se localizavam as Missões, fundadas e mantidas por jesuítas espanhóis, são vistas como um espaço que foi posteriormente conquistado e integrado ao território sul-rio-grandense. Entre o Litoral e a área das Missões existia um amplo território denominado “Terra de Ninguém”, visto como um espaço vazio de população, a ser igualmente conquistado e ocupado. A legitimidade da posse gradual desse território é justificada pelo uti possidetis, pensamento que, ao defender o domínio a partir da efetiva ocupação das terras, orientou a expansão portuguesa. Nesse panorama historiográfico orientado pela disputa colonial, os indígenas do Planalto também tinham pequena visibilidade. 

Este volume focaliza a história do Rio Grande do Sul colonial segundo outra perspectiva. Insere as missões jesuíticas, desde a sua instalação, na história gaúcha. Considera que a experiência missioneira, realizada por jesuítas, com a autorização da Coroa espanhola,  foi importante para a formação da economia, da sociedade e da cultura. O índio guarani, catequizado pelos jesuítas espanhóis, e o gado, que se reproduziu espontaneamente após a primeira retirada dos religiosos do território das Missões, constituíram-se, inclusive, em fatores decisivos de atração dos portugueses em direção ao extremo sul. Os numerosos rebanhos que se formaram, ocupando terras do norte (Vacaria dos Pinhais) e sudoeste (Vacaria del Mar) fizeram com que o território, que muitos historiadores consideram “vazio”, fosse, na verdade, lugar de trânsito de caçadores, tropeiros, contrabandistas, aventureiros. A importância crescente que a pecuária assumiu foi significativa para que, posteriormente, viessem colonos portugueses e espanhóis, assim como imigrantes d’além-mar, estabelecer-se definitivamente nessas terras.

As disputas das Coroas por territórios não impediram que os intercâmbios econômicos e sociais se estabelecessem entre portugueses, espanhóis, nativos e negros que nelas circulavam. A fronteira constituiu-se, para esses grupos, num fator de aproximação de interesses, não na linha divisória que a historiografia muitas vezes evidencia. O gaúcho, provavelmente, é o símbolo que melhor expressa a integração da vida cotidiana e a síntese cultural por ela produzida.  

Este volume apresenta capítulos que procuraram contemplar temas da história econômica, social e cultural na perspectiva acima apresentada. Apesar de termos constatado, ao tentar organizá-lo, que o período colonial não tem recebido a mesma atenção que outros, reunimos a contribuição que pesquisadores recentemente vêm dando à historiografia do Rio Grande do Sul, procurando diminuir a ênfase na análise endógena ou exclusivamente brasileira que nela predomina, ampliando a perspectiva espacial e temporal da mesma.

A história colonial marcou o Rio Grande do Sul até o presente nos aspectos econômicos, sociais e culturais.  

 

 
 

Sumário

O sentido desta coleção

Nelson Boeira, Tau Golin   / 9

Apresentação

Fernando Camargo, Heloisa Jochims Reichel, Ieda Gutfreind   / 15

I. Fundamentos da incorporação do Rio Grande do Sul ao Brasil e ao espaço português

Miguel Frederico do Espírito Santo  / 23

II. Fronteiras no espaço platino

Heloisa Jochims Reichel  / 43

III. Importância da capitania do Rio Grande para o Brasil

Corcino Medeiros dos Santos  / 65

Bases de produção e abastecimento das outras capitanias / 67
As carnes no abastecimento das outras capitanias / 71
A odiosa concorrência estrangeira / 74
Comércio de escravos para o rio da Prata / 78
IV. Jesuítas portugueses nos séculos XVII e XVIII
Beatriz Vasconcelos Franzen / 85
V. As Missões jesuítico-guaranis
Júlio Ricardo Quevedo dos Santos  / 103
A redução à fé católica  / 104
A expansão: Guairá, Itatin e Tape  / 107
As Missões jesuítico-guaranis  / 113
A Terra da Promissão  / 122
O espaço colonial missioneiro  / 123
Tensões no espaço colonial missioneiro  / 126

VI. Projetos civilizatórios e sobrevivência étnica: os guarani-missioneiros

Protasio Paulo Langer / 135

VII. Estrutura agrária e ocupacional

Helen Osório / 153

As ocupações: lavradores e criadores / 154
A escravidão / 160
As unidades produtivas: estâncias, campos, chácaras / 162

VIII. O tropeirismo na formação do Sul

Véra Lucia Maciel Barroso  / 171

Tropeirismo: significado e importância / 172
Tropeirismo no século XVII: o primeiro / 174
Os tropeirismos do século XVIII / 175
O tropeirismo de mulas e a integração do Cone Sul / 176
O comércio muar / 178
Os caminhos, registros e passos / 180
O deslocamento do eixo tropeiro: a Vereda das Missões / 183
Cidades tropeiras do Rio Grande do Sul colonial / 185

IX. A produção charqueadora e a mão-de-obra servil

Jorge Euzébio Assumpção / 189

Mão-de-obra / 195

X. Vida cotidiana dos açorianos pelas freguesias e
caminhos

Cleusa Maria Gomes Graebin / 203

Casais açorianos na vila do Rio Grande de São Pedro
(1751-1763) / 204
Casais açorianos nos Campos de Viamão / 205
Os açorianos e a Guerra Guaranítica / 206
Os açorianos e a invasão espanhola do Rio Grande / 207
O trabalho como instrumento de sobrevivência / 213
Ritos da vida cotidiana / 218

XI. A prática do dom: família, dote e sucessão

Fábio Kühn / 225

A importância do dom / 230
O nome e o como: estratégias matrimoniais da elite / 234

XII. O gaúcho e sua cultura

Ieda Gutfreind / 241

O habitante da Campanha e sua cultura / 242
O gaúcho na historiografia / 246
O mito do gaúcho sul-rio-grandense / 250
A presença da mulher na sociedade gaúcha / 252

XIII. Os traçados urbanos

Luiz Fernando Rhoden / 255

Os traçados urbanos / 258
As posturas municipais / 267

XIV. De terra de ninguém à terra de muitos: olhares viajantes e imagens fundadoras (do século xvii ao xix)

Eliane Cristina Deckmann Fleck / 273

A ocupação: construindo o território / 276
A fertilidade anunciada / 279
Os demarcadores e naturalistas: paisagens, barbárie e
civilização / 292
Os olhares franceses: ciência e humanidade / 296
A fertilidade por definição: a retomada do discurso sobre a
natureza e a abundância / 297

XV. O ensino nas crônicas do professor Coruja

Ana Inez Klein / 309

As Antigualhas: crônicas-memórias / 310
Antigualhas e Porto Alegre / 312
O professor Coruja / 314
O aluno Coruja / 317

Bibliografia e fontes impressas / 325

Fontes manuscritas / 342

Autores / 345

 
 

 

   
   
      


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