Apresentação
Marilise Brockstedt Lech,
Psicóloga educacional, doutora em Educação,
presidente da APLetras (gestão 2022-2023)
e organizadora desta obra
O livro que ora está em suas mãos, leitor, nasceu de muitas mentes, corações e esforços, inclusive por parte do próprio homenageado Antonio Augusto Meirelles Duarte, pois, ao longo dos seus oitenta e quatro anos de vida (sessenta e oito dedicados ao jornalismo), narrou, registrou e divulgou inúmeros fatos, feitos e afetos, alguns aqui publicados, e que ora se convertem em informações históricas que poderão ser úteis às novas gerações.
A iniciativa de organização desta obra surgiu por acreditarmos que a história de uma pessoa que viveu para melhorar a vida da sua comunidade merece ser eternizada. Quando um homem morre, deixa a sua melhor e indestrutível parte que é o seu exemplo como cidadão. Esta publicação é uma forma de honrar a vida e a história de quem deixou marcas de dinamismo, empatia, valorização e reconhecimento nas pessoas que cruzaram o seu caminho, fossem políticos, esportistas, personalidades de destaque na comunidade ou meros cidadãos comuns. Agora somos nós que estamos exaltando a sua linda trajetória de vida por meio deste livro.
Sempre solícito, disponível e amável, Meirelles foi pai amoroso, advogado competente e jornalista diletante. Um comunicador de rádio e televisão que, com sua inconfundível voz, despertava a atenção dos seus ouvintes e telespectadores para qualquer assunto que falasse: futebol, política, religião, cultura, saúde etc. Assim agindo, contribuiu para o engrandecimento de inúmeras entidades e deixou um legado histórico para a sociedade passo-fundense, o qual não poderia ficar na memória apenas daqueles que tiveram o privilégio e a oportunidade de conviver com ele.
Conheci Meirelles Duarte assim que passei a morar em Passo Fundo, em 1988. Pude certificar-me melhor dos seus atributos quando ingressei no quadro de membros da Academia Passo-Fundense de Letras, em 2010. Firmamos ótima relação de amizade, e o tive como inspiração para muitas das atividades que lá venho realizando. Faço minhas as palavras de seu amigo Jaime Jovchelevich que assim o descreveu em homenagem que fez a ele, por meio de uma placa de prata, nos anos 1980: "Foi o baluarte do esporte passo-fundense, o melhor jornalista do interior do Rio Grande do Sul, bom filho, bom pai, amigo de fé e irmão camarada". Hoje, passados mais de trinta anos, faço um complemento dessas verdadeiras palavras: "Foi, ademais, um líder autêntico e um grande reconhecedor e incentivador das potencialidades de quem o cercava".
Assim como foi a vida de Antonio Augusto Meirelles Duarte, este livro possui muitos capítulos. Cada um deles mostrará uma versão dos muitos Meirelles que conhecemos. Ao final de algumas seções, publicamos um texto escrito por ele, a fim de relembrar o seu estilo de escrita e o tipo de conteúdo que ele gostava de publicar. Organizado e meticuloso, Meirelles Duarte deixou encadernadas as páginas do jornal O Nacional, onde eram publicadas as suas colunas. Detalhe: se juntássemos tudo o que ele escreveu, teríamos em mãos vários livros iguais ao que ora está sendo publicado.
Inicialmente, no Capítulo I deste livro, são apresentadas sínteses da valiosa biografia de Meirelles Duarte, com ênfase à sua história familiar e ao início da sua vida profissional. A seguir, no Capítulo II, será possível ter uma ideia da quantidade de homenagens que Meirelles recebeu ao longo dos seus 68 anos como jornalista e advogado. Além de incontáveis troféus, diplomas e medalhas, teve a graça de receber, ainda em vida, um ano antes do seu falecimento, um conjunto de depoimentos sinceros de amigos e colegas com os quais conviveu. Pessoalmente ou por vídeo, eles se pronunciaram na linda festa em homenagem ao Meirelles oferecida pelo amigo Pedro Brair, no dia 8 de março de 2019, no auditório do Centro de Distribuição da Rede de Farmácias São João.
Adiante, do Capítulo III até o IX, há belíssimas matérias de confrades e confreiras da Academia Passo-Fundense de Letras e colegas do Instituto Histórico de Passo Fundo que pesquisaram e escreveram sobre os mais marcantes feitos e afetos cultivados por Meirelles Duarte ao longo de sua história, inclusive em consagradas instituições sociais. Mesmo em idade avançada e com problemas de saúde, Meirelles frequentava abnegadamente as reuniões ordinárias da APLetras, realizadas tradicionalmente aos sábados pela manhã, onde e quando fazia sugestões sempre pertinentes, questionamentos provocadores, alegrando a todos com o seu carisma. A Academia de Letras foi quase a sua segunda casa, afinal presidiu-a por cinco gestões não contínuas, entre 1991 e 2008. Assim, nada mais justo do que os seus confrades terem proposto e organizado esta obra.
É impressionante o quanto o nosso homenageado fez como político (cinco vezes vereador de Passo Fundo), como comunicador de rádio e televisão com foco em esportes, como cristão fiel, como cidadão presente junto ao Exército Brasileiro, à Brigada Militar, à Liga de Defesa Nacional e ao Lions Clube, do qual foi presidente e é considerado um "leão de juba larga". Tudo isso está devidamente ilustrado neste livro em centenas de fotografias que comprovam e enriquecem a grande jornada pela vida que Meirelles Duarte empreendeu com tanta intensidade, e ora temos a honra de publicá-las.
Embora algumas histórias pareçam aqui entrecruzadas ou até repetidas, isso se deve aos diferentes olhares dos vários coautores desta obra sobre um único sujeito. Aliás, quem sabe, você, leitor, ou um amigo seu encontrem-se incluídos nelas. Pode ser, ainda, que o Meirelles Duarte tenha feito parte de sua(s) vida(s) indiretamente, ou passará a fazer na medida em que os seus feitos lhes inspirem a dar continuidade ao "estilo de vida de Meirelles", valorizando e estimulando pessoas que contribuem à melhoria do mundo em que vivemos. Caso isso aconteça, o tempo de trabalho de organização deste livro terá logrado êxito.
Por fim, destacamos o sentimento de "gratidão" a Antonio Augusto Meirelles Duarte, pelos exemplos que deixou para todos nós; também aos que contribuíram à realização deste livro, começando pela linda família que construiu, a qual aceitou e apoiou esta ideia, fornecendo os materiais de arquivos pessoais do homenageado, tais como fotografias, recortes de jornais, medalhas e diplomas; ainda, aos que escreveram os diferentes capítulos e deram depoimentos; aos que se disponibilizaram a participar das entrevistas e de algumas reuniões (isso motivou ainda mais o aperfeiçoamento desta obra); ao ex-presidente da APLetras, Gilberto Cunha (gestão 2020-2021); ao presidente do Instituto Histórico de Passo Fundo, Fernando Miranda; ao Sr. Pedro Brair (Farmácias São João), que viabilizou economicamente parte da editoração deste livro; à Prefeitura Municipal de Passo Fundo, na pessoa do prefeito municipal Pedro Almeida, e à Secretaria Municipal de Cultura, que tem à frente a publicitária e empresária Miriê Tedesco. Ambos avaliaram e viabilizaram a impressão dos trezentos exemplares deste livro. Agradeço, ainda, à Méritos Editora, na pessoa de Charles Pimentel da Silva, que se ocupou de editar esta obra, contribuindo inclusive com a pesquisa histórica.
Apesar de não contemplar todos os importantes fatos, feitos e afetos do múltiplo Meirelles Duarte, este livro reúne significativa parte do legado que ele deixou, tanto para quem o conheceu, quanto para as próximas gerações que aqui têm acesso à sua história. É bom lembrar, por fim, que, pelo seu modo de viver, ele foi, além de tudo, um grande educador.
Aprendamos com ele!
Boa leitura, bons feitos e afetos, inspirados neste grande "vulto da história passo-fundense"!
Texto de contracapa
Charles Pimentel da Silva,
editor
Este livro contém textos e imagens impressionantes da trajetória de Antonio Augusto Meirelles Duarte (1934-2019), um passo-fundense, gaúcho e brasileiro que, devido à sua forma de ser e viver
(e como viveu!), deixou marcas indeléveis nas histórias da cidade de Passo Fundo e região.
Meirelles iniciou carreira na rádio numa época em que esse ofício e o dos jornalistas eram praticamente os únicos responsáveis por transmitir notícias, isto é, dar a conhecer os fatos sociais. Foi narrador e comentarista esportivo presente em campos de futebol, beiras de pistas de corrida e bastidores de vários outros esportes. Serviu a comunidade passo-fundense como vereador por cinco mandatos, e alguns deles, vale lembrar, os mais antigos, sequer eram remunerados.
Trabalhou até os seus últimos dias como repórter de rádio, jornal e televisão e ainda teve energia para se envolver de corpo e alma em atividades lúdicas e religiosas. O homem estava em todas! Foi uma espécie de ''óleo bendito'' por entre as ''engrenagens'' da sociedade e, valha a metáfora, também foi ele próprio uma ''engrenagem'' quando atuou como empresário, advogado, conselheiro e filantropo.
Tudo isso é contado neste livro, incluindo os vários teste-munhos do agir de Meirelles, fosse valorizando as capacidades de seus interlocutores, a notícia com entusiasmo, a diplomacia da boa convivência e o perfil modesto, fosse, obviamente, como todo ser humano, vivendo momentos de tensão, revés e até contradição,
alguns dos quais, passado tanto tempo,
tornam-se até engraçados e reflexivos.
Esta obra nasceu da sensibilidade de pessoas, de empresas e da Prefeitura Municipal de Passo Fundo e, por isso, termina sendo uma retribuição no melhor estilo da ''gentileza que gera gentileza'', também praticada por Meirelles.
Texto de abas
Equipe editorial
Se esta obra atrair a sua atenção, estimado leitor, pelos ensinamentos que a vida de Meirelles Duarte pode deixar às novas gerações, vale a pena lembrar que muitos filósofos, sábios e até imperadores do passado também estiveram buscando por isso, digamos, o que se convencionou chamar de princípios da ''vida boa'', a exemplo dos equilíbrios entre felicidade/sofrimento, pensar/agir, trabalhar/descansar.
Se o sentido da leitura for esse, os muitos ''Meirelles'' vistos aqui em fotos e depoimentos permitem estabelecer, no mínimo, três assertivas:
• Trabalhar desde cedo e intensamente, mas diversificando. Meirelles não foi pessoa de um só ofício. Enquanto estudava para ser contador na década de 1950, ajudava na Igreja e aperfeiçoava a arte de comunicar via alto-falantes públicos e, logo, via rádio na cidade de Getúlio Vargas. Depois, foi trabalhar na Casa Sonora em Passo Fundo como contador profissional, enquanto, noutros horários, atuava na rádio local, especial-mente narrando jogos de futebol em fins de semana. Foi várias vezes vereador e, a partir de 1979, também se desempenhou como advogado.
• Manter relações familiares e sociais saudáveis. Meirelles e Mary casaram-se jovens e se esforçaram para construir um lar com paz e estabilidade. Com essa lógica e mais o talento para a comunicação social, Meirelles galgou posições admiráveis na sociedade e esteve ao lado de pessoas notáveis e influentes, demonstrando, ademais, não ter se eximido da convivência com os mais humildes. Obviamente, também viveu reveses, tensões e contradições. Provavelmente, aí tenha desenvolvido diplomacia, caridade e ambição peculiares, preferindo estar perto da família o mais das vezes e marcando o seu ''lugar no mundo'' na cidade de Passo Fundo.
• ''Temperar'' tudo com a fé religiosa. Meirelles, como se verá aqui, entre outras tantas atribuições, colaborou intensamente com a Igreja.
Essas, claro, são apenas algumas das interpretações possíveis de Meirelles, com as quais já se pode dizer que ele viveu efusiva e contagiantemente. Ao longo destas páginas há muitas mais... Boa leitura!
Palavras do prefeito de Passo Fundo
Pedro Almeida,
Prefeito de Passo Fundo
Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para falar deste ícone do jornalismo e da política, mas encaro essa tarefa com muita alegria e intenção de evidenciar meu respeito e minha admiração por esta figura pública, uma das mais emblemáticas de Passo Fundo.
Dos vários momentos em que estive com Meirelles Duarte, lembro de um dia especial. Acontecia uma edição da Feira do Livro em nossa cidade e eu, no cargo de secretário de Cultura, era entrevistado por órgãos de imprensa quando me deparo com ele. Antes de gravar, Meirelles fez um comentário que vou guardar para sempre com muito carinho. Com sua maneira peculiar e marcante de falar, disse: "Pedro Almeida, o jovem secretário de Cultura de Passo Fundo, o secretário mais querido dentro do governo do prefeito Luciano". Memórias auditivas parecidas devem soar nos ouvidos de quem conheceu este grande comunicador. Uma voz quase cantada, arrastada e marcante, inconfundível.
Até hoje vejo amigos que imitam o Meirelles e contam histórias dele. Sua trajetória é realmente admirável. Foi vereador, narrador de futebol, membro do Lions Internacional, recebeu a medalha Fagundes dos Reis (a maior comenda do município) e a medalha Negrinho do Pastoreio, concedida pelo Governo do Estado. Tenho certeza de que Meirelles inspirou e continua inspirando.
Que nossa Passo Fundo nunca esqueça deste seu querido filho que a orgulhou muito. Justa homenagem feita pela Academia Passo-Fundense de Letras e pela Prefeitura de Passo Fundo para o imortal Antonio Augusto Meirelles Duarte!
Palavras do ex-presidente da
Academia Passo-Fundense de Letras
Gilberto Cunha,
Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras
(Gestão 2020-2021)
Antonio Augusto Meirelles Duarte (1934-2019) e Passo Fundo (1857-eternidade) são indissociáveis. A relação que esse jornalista construiu com a cidade, ao longo de uma carreira de 68 anos de atuação nos veículos de comunicação locais, foi única. Não há, pelo menos que seja do meu conhecimento, outra que guarde qualquer similaridade. Foram muitos Meirelles Duarte, desde o jornalista multimídia (que atuou em rádio, jornal e televisão), passando pelo político (vereador emérito, com cinco legislaturas exercidas), o advogado (orador da turma e defensor dos pobres), o acadêmico (cinco vezes presidente da Academia Passo-Fundense de Letras), o cidadão (engajado com valores cívicos, religiosos e filantrópicos), o eterno namorado da Mary, o pai zeloso do Cezar Augusto, do Luis Felipe e do Márcio Alexandre e o avô coruja da Fernanda, do Gabriel e da Beatriz. A história de vida e o legado valioso deixado por esse homem singular a todos os passo-fundenses podem ser encontrados nesta obra.
O livro que você, leitor, ora manuseia começou a ser gestado por ocasião das exéquias de Antonio Augusto Meirelles Duarte, na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, em 18 de agosto de 2019. Naquele dia, ainda em meio à consternação pela perda, havia o sentimento entre os amigos, admiradores e parentes de que ali jazia um homem que fizera por merecer todas as honrarias até então recebidas, mas que precisava ter a sua exemplar história de vida melhor contada. Assim, por iniciativa dos acadêmicos Marilise e Osvandré Lech, teve início a viabilização desta obra, cuja receptividade da ideia e o apoio da família para a sua concretude são dignos dos nossos respeitos e agradecimentos.
Uma reunião realizada na sede da Academia Passo-Fundense de Letras, na tarde do dia 10 de março de 2020, marcou o início da construção deste livro. Participaram do encontro, além da organizadora Marilise Lech, as direções e alguns membros da Academia Passo-Fundense de Letras e do Instituto Histórico de Passo Fundo, duas agremiações das quais Meirelles Duarte fizera parte. Em seguida sobreveio a pandemia da Covid-19, e a vida de todos, de uma forma ou de outra, foi afetada. Mas a inviabilidade dos encontros presenciais não arrefeceu os ânimos, nem a vontade de concretizar o trabalho. As reuniões on-line tiveram a sua vez, sempre sob o comando de Marilise Lech, frise-se, viabilizando, assim, que obra começasse a ganhar forma. Definida a estrutura, os convites aos colaboradores expedidos, o material disponibilizado pela família foi catalogado e coligido. Grande parte do monumental acervo fotográfico de Meirelles Duarte foi digitalizada, a busca de patrocínio diligenciada, a Méritos Editora foi contratada para a estética visual e a revisão do livro e, finalmente, nesse começo de 2022, a obra ficou pronta.
Esse comunicador/narrador/comentarista fez por merecer ter a sua vida e o seu legado retratados em livro. Ninguém divulgou tanto Passo Fundo e os feitos de passo-fundenses, em jornal, rádio ou televisão, quanto ele. Era o jornalista que não poupava elogios. Nos seus textos e falas, os adjetivos ocupavam lugar de destaque, e as críticas, quando necessárias, posição secundária.
Acredito que, pelo estilo de ser, ele apreciaria muito saber que virou livro. Um livro sobre Meirelles Duarte que vai permitir a perpetuação da sua memória e a divulgação ad aeternum dos seus feitos. Foi um privilégio para a Academia Passo-Fundense de Letras ter contado com Meirelles Duarte no seu quadro associativo e uma honra poder prestar-lhe esse merecido tributo.
Palavras do presidente do IHPF – Instituto Histórico de Passo Fundo
Fernando Borgmann Severo de Miranda,
presidente do Instituto Histórico de Passo Fundo
A trajetória de vida de Antonio Augusto Meirelles Duarte e o seu enorme legado histórico para Passo Fundo e o Rio Grande do Sul não cabem em um livro, muito menos em uma palavra. Mas um adjetivo insiste em se colar ao grande sujeito que foi Meirelles Duarte: foi "exemplar" em quase tudo o que realizou. Só não em "tudo" porque, conveniente lembrar, como dizia a minha avó sobre certas coisas, isso seria "humanamente" impossível. Participar nesta homenagem em forma de livro é um tributo à sua grande pessoa e também o importante desvelamento de uma história, na qual milhares de passo-fundenses estiveram envolvidos. Com suas memoráveis jornadas esportivas ao vivo, Meirelles consolidou a Era do Rádio em Passo Fundo.
Quem, torcedor do 14 de Julho ou do Gaúcho, não se acostumou – como eu mesmo fazia quando guri – a vibrar com Meirelles nas tardes de domingo? Além de atuar na área esportiva, ele foi político, eleito em várias legislaturas, também advogado, membro de dezenas de instituições, e, inclusive, presidente por várias vezes da Academia Passo-Fundense de Letras. Foi, ainda, homenageado e diplomado inúmeras vezes, e chegou a receber duas condecorações Fagundes dos Reis, a maior de Passo Fundo. Há neste livro mais facetas do Meirelles, a exemplo do religioso praticante, do filho, do pai, do avô... Que vida!
Quem tem a oportunidade, tal como a que tivemos, de pesquisar no acervo pessoal do Meirelles através do Instituto Histórico de Passo Fundo sai enriquecido pela qualidade e organização do enorme conjunto de fontes históricas sobre Passo Fundo que ele colecionou ao longo da vida. Aliás, rememoro aqui uma tarde em que estive no Arquivo Histórico Regional. Pesquisava nas edições do jornal O Nacional (de 14/07/1980, p. 2) quando me deparei com uma entrevista/visita que o Meirelles fez a um amigo e personagem histórico da cidade. Tratava-se do guardinha Peri, que havia atuado como guarda da praça Mal. Floriano, por indicação do delegado Serafim Mello ao prefeito da época, o Sr. Benoni Rosado (1960-1964). Nas décadas de 1960 e 1970, o guardinha Peri era o terror da criançada que insistia em maltratar a grama e "machucar" a praça. Peri estava, agora, na pior: paralítico, doente, esperando a morte acolhido na casa da irmã. Ao final da visita, Meirelles perguntou o que ele pediria aos amigos, ao que Peri respondeu: "Desejo agradecer de todo meu coração e dizer que o melhor remédio que tenho tido é a visita de um amigo, como agora está acontecendo... Que Deus te pague!" O tempo passou, chegou a vez de Meirelles se ausentar de nosso meio, mas as palavras do guardinha Peri permanecem no ar...
Sumário
APRESENTAÇÃO (por Marilise Brockstedt Lech) / 9
Palavras do prefeito de Passo Fundo (por Pedro Almeida) / 13
Palavras do ex-presidente da Academia Passo-Fundense de Letras (por Gilberto Cunha) / 14
Palavras do presidente do IHPF – Instituto Histórico de Passo Fundo (por Fernando Borgmann Severo de Miranda) / 16
Meirelles, o ‘‘óleo bendito’’ entre as “engrenagens” sociais (por Charles Pimentel da Silva) / 17
CAPÍTULO I - ORIGEM E LEGADO / 19
Especial: Palavras de Meirelles sobre seus familiares / 40
CAPÍTULO II - HOMENAGENS RECEBIDAS / 45
Especial: Algumas das tantas homenagens recebidas por Meirelles Duarte / 72
CAPÍTULO III - MEIRELLES, GUARDIÃO DAS LETRAS NA
ACADEMIA PASSO-FUNDENSE DE LETRAS / 79
Especial: 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras, no Clube Comercial
de Passo Fundo em 2013 / 92
Especial: Reuniões presididas na APLetras e outras ações sociais de Meirelles Duarte / 93
Especial: Homenagens póstumas de colegas da APL ao confrade Meirelles Duarte / 96
CAPÍTULO IV - IHPF: INSTITUTO HISTÓRICO DE PASSO FUNDO / 107
CAPÍTULO V - MEIRELLES COMUNICADOR E A IMPRENSA / 119
Especial: Outros feitos de Meirelles em jornais e rádios / 131
Especial: A bela combinação de comunicação social, esportes e negócios / 134
Especial: Outros feitos de Meirelles – TV Passo Fundo - Canal 26 NET / 139
Especial: A evolução dos equipamentos do repórter / 146
Especial: Meirelles com famosos de diferentes épocas / 147
CAPÍTULO VI - MEIRELLES NA ADVOCACIA E NA POLÍTICA / 149
Especial: Uma carreira híbrida a partir da comunicação social /161
Especial: Alguns dos melhores flashes de Meirelles na política / 162
Especial: Quando o entrevistador se converte em entrevistado / 168
CAPÍTULO VII - MEIRELLES DUARTE E OS ESPORTES / 169
Especial: Meirelles dando voz à performance da Seleção Brasileira em 1961 / 187
Especial: Uma homenagem aos heróis do futebol de antigamente / 190
Especial: Meirelles, o ilustre da comunicação esportiva / 196
Especial: Apoio a esportistas de diversas modalidades e idades / 203
CAPÍTULO VIII - MEIRELLES, UM HOMEM DE FÉ / 205
Especial: A sintonia de Meirelles Duarte com a religião / 215
CAPÍTULO IX - MEIRELLES, LÍDER DE ENTIDADES CIDADÃS / 217
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