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"A melhor colônia do mundo": inspirações de Hitler para a conquista da União Soviética

Págs.: 224
Edição: 1ª
Formato: 16x23 cm
Idioma: Português
Lançamento: 2017
ISBN: 978858200588

Autor: Samuel Schneider

r$ 77,00

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Texto de abas

Adelar Heinsfeld
PPGH/UPF

A discussão sobre o nazismo permanece na ordem do dia. Parafraseando Bertold Brecht, podemos dizer que "a cadela do nazismo está sempre no cio". Por isso, muito já se escreveu sobre a barbárie que foi o Holocausto. Este livro apresenta um aspecto pouco conhecido do Terceiro Reich: as influências históricas que levaram Adolf Hitler e seus asseclas a elaborarem um projeto geopolítico para a conquista da Europa Oriental. Samuel Schneider – utilizando vasta bibliografia internacional e documentação desconhecida pelos brasileiros – demonstra como a História foi importante para as ideias expansionistas da cúpula do Partido Nazista. Assim, este livro preenche uma lacuna sobre o amplo emaranhado de ideias que foram desenvolvidas na Alemanha na primeira metade do século XX e que marcaram de forma indelével a humanidade. Esperamos que esta obra contribua para que a catástrofe ocorrida sob a liderança de Hitler permaneça apenas nos livros de História.

Contracapa

Samuel Schneider

Com documentos nazistas raramente consultados por brasileiros, esta obra se ambienta no mais sangrento conflito da história: entre Alemanha nazista e União Soviética, durante a Segunda Guerra Mundial. Causando o choque entre as duas tiranias totalitárias, houve o plano genocida de transformar o território soviético numa colônia alemã. "O que a Índia foi para a Inglaterra, os territórios da Rússia serão para nós", previu Hitler, que noutra ocasião foi especialmente pejorativo: "A Rússia é a nossa África, e os russos são os nossos negros". Ainda comparava os nativos eslavos com os índios da América do Norte, a serem massacrados sem piedade caso resistissem naquela "Califórnia da Europa".

Desbravando milhões de quilômetros quadrados, os pioneiros teutônicos dominariam, explorariam e mesmo dizimariam a população local segundo seus interesses imperialistas.

Com a extinção do comunismo soviético e a aniquilação de cidades como Moscou e Leningrado, o Terceiro Reich deveria tornar-se a maior potência do mundo, à altura do Império Romano, controlando um continente hierarquizado não entre classes, mas entre "raças".

Prefácio

Samuel Schneider

Muito se escreve atualmente sobre o Holocausto judeu e sobre as grandes operações da Segunda Guerra Mundial, como Stalingrado e o Dia D na Normandia. Há mais de 40 mil obras sobre o regime nazista, incluindo mais de 100 biografias famosas de Hitler. Por outro lado, a tragédia dos povos eslavos da Europa Centro-Oriental ainda é negligenciada. Preencher parte desse vácuo é o objetivo do presente estudo, centrado na campanha contra a União Soviética, que identifica como Hitler e seus partidários planejavam dominar, em longo prazo, a população eslava soviética, formada sobretudo por russos e ucranianos.

Além disso, este livro contribui para as pesquisas recentes sobre a relação entre o nazismo e a expansão europeia no além-mar. O colonialismo e, sobretudo, o imperialismo europeus tiveram uma influência decisiva na invasão da União Soviética em 1941 (a maior operação militar da história, com 3,8 milhões de soldados alemães e aliados numa frente de quase 3 mil quilômetros, desde o Círculo Polar Ártico até o Mar Negro). Por trás dessa invasão titânica, houve métodos e objetivos parecidos com os dos conquistadores que haviam se aventurado na América, na África e na Ásia.

Inova-se aqui com uma análise teórica do nacional-socialismo, salientando a linguagem e a representação ideológica dos líderes do regime, a fim de desvendar suas "visões de mundo". Sobretudo a de Hitler, que tinha uma percepção um tanto fantasiosa do além-mar, expressa, por exemplo, em seu interesse juvenil pelos romances do alemão Karl May sobre o Faroeste dos Estados Unidos. Ainda admirava as colônias do Império Britânico. Potências europeias como Esparta e o Império Romano (da Idade Antiga) e o Império Franco (da Idade Média) também influenciaram a identidade geopolítica hitlerista. Até o islamismo era admirado pelo ditador, devido às tendências militaristas de tal religião, ausentes no cristianismo.

Não se enfoca, nesta pesquisa, como a postura bélica e administrativa do Terceiro Reich antes da derrota em Stalingrado refletiu, objetivamente, padrões usados anteriormente nas colônias. Ao contrário, dá-se mais atenção à mentalidade da alta cúpula nazista, ou seja, ao seu imaginário subjetivo, em especial aos planos geopolíticos para o novo "Império de Mil Anos", ou seja, a superpotência que a Alemanha deveria se tornar caso derrotasse o Exército Vermelho de Stálin.

É claro que tal abordagem implica analisar as declarações pessoais dos próprios nazistas, as quais se encontram em fontes como discursos, reuniões e memorandos, cujos conteúdos geralmente permaneceram inacessíveis ao público da época. É interessante que os registros das reuniões militares que Hitler comandou entre 1942 e 1945 só foram publicados na Alemanha em 1962, e algumas fontes de seus discursos secretos só apareceram nos anos 2000. Da mesma forma, por razões políticas, somente após o colapso do comunismo o governo russo permitiu o acesso aos arquivos da era soviética. Em 2013, o governo americano anunciou a descoberta de um diário perdido, escrito entre 1936 e 1944 pelo ministro Alfred Rosenberg – um dos nazistas mais atuantes no espaço soviético –, o que também revela a possibilidade constante de novas interpretações.

Infelizmente, a pesquisa sobre as inspirações históricas de Adolf Hitler ainda é rara no Brasil. Existem poucos estudos científicos sérios, de padrão internacional, sobre a ideologia do totalitarismo alemão. Tal dificuldade tem uma causa importante: no Brasil, as bibliotecas pouco contam com fontes primárias nazistas, apesar de contarem com várias obras de Marx, Lênin e Trótski, por exemplo. O interesse recorrente do público e do jornalismo ainda não repercutiu na tradução, para o português, de documentos fundamentais. Enfim, numa época em que a temática nazismo ainda é comercialmente manipulada por intelectuais que não conhecem obras básicas como Minha luta e O mito do século XX, nem registros como Conversas de Hitler à mesa, o presente estudo busca contribuir para uma abordagem mais profunda sobre tema tão terrível.

Sumário

PREFÁCIO / 7
PRÓLOGO: O TERRITÓRIO DA UNIÃO SOVIÉTICA COMO “ESPAÇO VITAL” ALEMÃO / 11
O legado do ultramar / 13
Manipulando a história/ 19
As três inspirações extra-europeias: Índia, África e Estados Unidos/ 22
As fontes primárias da pesquisa / 23
Revisão bibliográfica/ 26
CAPÍTULO 1.  O DOMÍNIO BRITÂNICO NA ÍNDIA  / 31
Símbolo de grandeza imperial/ 33
Dominando os “ridículos cem milhões de eslavos”/ 41
Subjugar e reprimir, mas sempre mantendo distância/ 46
Apoio para o aprendizado: o velho contato anglo-alemão/ 55
CAPÍTULO 2. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA / 61
Explorando a mão de obra eslava/ 63
O legado do Império Colonial Alemão / 71
Ao invés do rio Níger, com a Marinha, o rio Volga com o Exército / 83
Outras comparações/ 87
A equiparação ideológica entre eslavos e negros/ 92
CAPÍTULO 3. O DESBRAVAMENTO DOS ESTADOS UNIDOS / 103
Modelo para uma “colônia de povoamento”/ 105
Uma nova “Guerra Indígena”/ 111
A influência dos livros de Karl May/ 118
Justificando a “germanização”/ 123
EPÍLOGO: REPENSANDO A NOVA ORDEM NAZISTA / 133
Reflexo, e não negação, da modernidade ocidental / 135
“A melhor colônia do mundo” / 140
O racismo colonial instituído na Europa/ 144
Contradições e falhas do domínio nazista / 148
De invasor a invadido: a “metrópole” conquistada pela “colônia”/ 153
NOTAS DE FIM / 157
BIBLIOGRAFIA  / 207
Fontes primárias / 207
Fontes secundárias/ 210
Artigos e dissertações acadêmicas / 218


 
 

 

   
   
      


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