Texto de contracapa
Charles Pimentel da Silva,
editor de livros
Quando concebidos, somos preparados para a infância. Daí, para a adolescência. Desta fase, preparamos-nos para a idade adulta, consequentemente para uma velhice segura e tranquila. Nas palavras de Rudi Seger, por esse simples caminho é que se absorve o verdadeiro sentido da vida. O que impede, então, muitos de seguirem estes passos?
A resposta encontra-se nos tópicos deste livro: o "eu ", a frustração, a depressão, a paixão, a economia, a organização, a prioridade, a simplicidade, a alimentação, o sono, o silêncio, a natureza, a música, a humildade, a ternura e a paz. Antes de buscar entender a qualidade de vida, porém, o autor recomenda conhecer a si mesmo e mudar de dentro para fora, superando a sobrecarga de informações e preocupações, mundanas da sociedade contemporânea. Só assim veremos o conteúdo do nosso universo interior. Isso é possível, uma vez que o ser humano é programável culturalmente. O controle da mente força e automatiza a organização física e material, sendo esta a primeira condição para alcançar sucesso nas realizações.
O autor lembra também que qualidade de vida nada tem a ver con acúmulos de dinheiro, cultura, comida ou remédios. Ter mais ou menos poder econômico não define nossa humanidade, pensar muito nisso pode até fermentar uma guerra dentro de nós. A sabedoria verdadeira é a de saber, viver. O estômago é muitas vezes o "saco de pancadas " da inoperância en lidar com os problemas do dia-a-dia, quando deveria ser o segundo estágjo de uma alimentação conscienciosa e menos mecânica. E a medicação mais eficaz não está nas prateleiras das farmácias, mas na convivência harmoniosa em sociedade.
Entre tantos conselhos preciosos, Rudi Seger explica, nesta obra, que a qualidade de vida é a estabilidade entre corpo e mente, que deve expandir-se em tudo o que nos cerca, na justa medida da mansidão de uma ovelha e da força de um leão.
Prefácio
Rudi Seger
Selbach, inverno de 2011
Muitas pessoas, quando olham para trás e conseguem ver no seu passado fatos peculiares e interessantes, têm vontade de um dia escrever a sua autobiografia. Eu também sempre tive este desejo, porque a minha história, como a de muitos, certamente é maravilhosa.
Quando fui iluminado ao ter esta oportunidade, cheguei à conclusão de que usar a ferramenta da escrita para registrar as minhas experiências de vida seria muito mais importante do que escrever uma obra para cantar as minhas alegrias e chorar as minhas decepções, mesmo porque, desta forma, também retrataria o meu passado, além de assim contribuir, de maneira singela e modesta, àqueles que buscam uma referência de vida mais saudável e mais feliz.
Esta obra parte do pressuposto de que a sociedade do presente momento histórico passa por uma crise. Considerando que cada ser humano faz parte deste contexto e que as saídas para um mundo melhor partem do propósito de cada um, urge que nos conheçamos, encontremos-nos, e, detectando causas e consequências, possamos evoluir como seres humanos para uma vida de melhor qualidade. As possibilidades de alcançar esse estado inevitavelmente passam pelo controle das emoções, cuja condição nos torna seres fortes, livres e muito mais felizes.
Para o desenvolvimento desses temas, fundamento-me no preceito de que a vida me ensinou: é através das coisas simples que nos encontramos, e através deste encontro maravilhoso alcançamos o estado de equilíbrio mental e uma qualidade de vida. Por isso mesmo, este livro é um simples meio para o leitor divisar caminhos que levem a uma estabilidade do real sentido da vida, cuja evolução somente é possível com o equilíbrio da mente e o consequente controle emocional.
Assim posto, tratei de abordar o conteúdo de forma simples, já que o simples é por vezes tão simples, que desperta o novo nos aspectos mais óbvios e aparentemente grotescos do nosso cotidiano, tanto que, no desenvolvimento desta obra, a sequência de abordagem dilui-se em capítulos de acordo com o momento oportuno.
A leitura e a análise também servem como um espaço de questionamentos, uma vez que cada um tem, naturalmente, as suas próprias experiências, e principalmente porque o assunto em referência é o mais sério da nossa vida: a própria vida. Foi a forma de contribuição que encontrei para desnudar a realidade que envolve o ser humano. Aí percebi que, em função da conturbada vida contemporânea, é necessário uma recomposição do espírito de interpretação de existência, e, como ator privilegiado, a retomada de um caminho que contemple uma merecida melhor qualidade de vida.
Por último, minha veia poética implacavelmente intrometeu-se. Deve ser porque a vida de cada um é uma obra prima de Deus. E eu penso que Ele aproveitou e colocou Seu dedo nisso. Convenhamos, neste caso, com razão.
Sumário
Prefácio / 9
Introdução / 13
Qualidade de vida / 17
O meu "eu" / 29
As frustrações / 37
A depressão / 51
As paixões / 61
O econômico / 73
A organização / 85
As prioridades / 89
O simples, tão simples / 95
A alimentação / 103
O sono / 113
O silêncio / 117
A natureza / 121
A música / 127
A humildade / 131
A ternura / 137
A paz / 153 |
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A simples arte de viver bem com qualidade de vida
