Texto de contracapa
Charles Pimentel,
editor
A vida é a arte do encontro!” Assim afirmam Osvandré e Marilise, que, como bons anfitriões de grandes festas de ideias, desta vez têm como convidados nada mais nada menos que famosos cientistas, pacifistas, grandes personalidades entre outras pessoas e obras, que dizem, escrevem ou sussurram seus pensamentos de alcance universal que encontram diferentes significados dentro de cada pessoa.
Você também está convidado, porque é bastante provável que cite, quem sabe até várias vezes ao dia, sem notar, alguma ou outra máxima ou sentença popular para dar suporte a algo realizável em sua vida. Sim, isso é natural do ser humano, seja este comerciante, advogado, médico, professor, dona-de-casa... transpassando da vida social à profissional, todos, vez ou outra, lembram os dizeres de outrém em suas próprias palavras.
Neste livro há mais de 1.700 citações, provérbios e aforismos detalhadamente compilados em cerca de 70 tópicos, como, por exemplo, amor, bom-senso, casamento, tecnologia, dinheiro, felicidade, homens e mulheres, sexo, entre vários outros. Isso pode converter-se numa valiosa ferramenta de consulta, ou numa divertida tarde de troca de ideias. Ao seu gosto, leia frases curtas ou longas, ritmadas ou descompassadas, com pouco ou bastante sentido, alegres ou tristes, objetivas ou irônicas, bem-humoradas ou iradas.
O certo é que não há nada mais elegante que iniciar uma carta, um documento, um livro ou um evento qualquer com uma referência intelectual, que confira mais valor e estrutura às ideias que se quer expressar.
A roda já está inventada, resta agora fazê-la andar mais rapidamente! Este é o sentido deste livro. Um brinde às boas ideias!
Prefácio
Neusa Maria Henriques Rocha
Mestre em Letras - Linguística Aplicada (PUCRS),
professora do Curso de Letras (UPF), vice-Reitora de Graduação (UPF)
Reunir frases inteligentes, como propõem Marilise e Osvandré, significa reunir palavras articuladas entre si, ou seja, significa reunir pequenos textos. Aqui não pretendemos, absolutamente, abordar o tema numa perspectiva linguística, mas, sim, evidenciar a importância da frase, da palavra, do texto em nossa vida. Aliás, essas unidades dialogam entre si: uma serve de contexto para a outra – a frase para a palavra; o texto para a frase.
A palavra, todos sabemos, não é neutra. A linguagem nos permite dizer o que queremos, o que sentimos, nos permite conhecer o outro. Só nós, seres humanos, podemos questionar, concordar, contestar – e reinventar – o que foi dito pelo nosso interlocutor. É pela linguagem que argumentamos, duvidamos, nos rebelamos, manifestamos nosso apreço, nosso desdém, nossa mágoa ou nossa satisfação.
É pela linguagem que sussurramos palavras de amor.
Somos inventores de palavras e as escolhemos o tempo todo – para interagirmos com o outro, para que nossa intenção seja recuperada pela pessoa com quem falamos, para explicitarmos o que sentimos, ou, simplesmente, para protegermos a nós ou ao outro. E, neste caso, silenciamos.
Vale referirmos que uma grande lição que a própria palavra vem nos ensinando é que, se só vivenciarmos a linguagem dos gritos, agrediremos, seremos autoritários; se, ao contrário, convivermos com a linguagem do diálogo, respeitaremos quem nos rodeia, seremos solidários. A palavra estabelece, assim, uma espécie de encontro (ou desencontro) entre nós e os nossos interlocutores. Certamente, não se foge à verdade quando afirmamos que precisamos de gente que tem uma palavra a dizer e sabe como dizer.
O grande José Saramago, na obra Ensaio sobre a cegueira, afirma: /
As palavras são assim, disfarçam muito, vão-se juntando umas com as outras, parece que não sabem aonde querem ir, e de repente, por causa de duas ou três, ou quatro que de repente saem, simples em si mesmas, um pronome pessoal, um advérbio, um verbo, um adjetivo, e aí temos a comoção a subir irresistível à superfície da pele e dos olhos, a estalar a compostura dos sentimentos.
Daí é possível entender por que Marilise e Osvandré se sentiram impelidos a compilar frases inteligentes. Ao reunir este material em um livro, os autores materializam o desejo de dividir com o leitor a palavra dita, que expressa a sabedoria de quem a criou e o pensamento de importantes personagens – anônimas ou não – de todas as épocas. Inúmeras frases nos provocam sorrisos (daqueles de quem coloca a alma no rosto); outras nos fazem interromper a leitura para pensar em sua magnitude; outras nos mobilizam à reflexão e nos sinalizam caminhos. Enfim, muito mais do que dividir conosco frases inteligentes, Marilise e Osvandré nos convidam ao debate e nos possibilitam conversar com pessoas que fizeram da palavra a sua ferramenta de encontro, de conhecimento e de reflexão.
Apresentação
Marilise e Osvandré
“Entre nossos maiores prazeres neste mundo estão os pensamentos agradáveis,
e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.”
Michel de Montaigne, escritor francês
Este livro é uma edição complementar do livro “Frases inteligentes para serem lembradas”, dada a lume em 2001. Agora, porém, com o complemento de título mais insinuante: “Frases inteligentes para lembrar e usar: citações, provérbios e aforismos”. A ideia não é original e está assim posta na obra Talmude, escrita entre 200 e 500 dC: “Na vida o que vale não é somente o que se sabe, mas o que se faz com aquilo que se sabe.”
A obra que ora apresentamos também não tem muito de original, afinal, o trabalho (lazer) desses autores foi apenas selecionar entre livros, revistas e internet aquelas frases que mais pareceram “com sentido,” seja pela sabedoria, perspicácia, humor ou pelo simples bom-senso que carregam.
Ao categorizar as frases aqui apresentadas, remetemo-nos ao tempo em que colecionávamos figurinhas, chaveiros, selos etc. E o prazer da brincadeira infantil repetiu-se na vida adulta, transbordando, sobremaneira, ao ponto de compilarmos este novo livro.
A divisão das citações em setenta categorias foi fruto de uma reflexão inicial que não pretende “aprisioná-las” num único sub-tema. Por certo, se fossem elas lidas em outros momentos, talvez mudássemos a perspectiva. Onde entra essa frase, agora? Perguntávamo-nos. Arte ou sexo? Difícil resposta... Poderia ser nas duas.
Se nos perguntarem se compactuamos com as ideias de cada autor, diremos: sim e não. Isso também depende do momento e da perspectiva. Essa é a complexidade da vida, descrita, sabiamente, pelo filósofo francês Edgar Morin. Mas, de qualquer forma, nossas escolhas nos revelam, embora não se ouse afirmar para todas elas: “Faço minhas estas palavras”.
Neste livro os leitores encontrarão ideias contraditórias, mas que, nem por isso, perdem seu valor, pois elas não são certas ou erradas em si. Ambas podem ser verdades diferentes que se apresentam em diferentes contextos, da mesma forma que uma ideia “igual,” em diferentes contextos, pode ter significados diferentes.
Consciente ou inconscientemente, ao escolher as frases que seguem, expressamos também nossos próprios valores. “Uau! Essa diz tudo o que eu gostaria de dizer (ou escrever) e não encontrava palavras.” É assim que esperamos que nossos leitores se sintam diante da leitura dessa obra.
Palavras... Não fossem elas para organizar o caos que é nosso pensamento, quão loucos seríamos. Além disso, servem para alimentar nossa alma e organizar e expandir nosso mundo, afirma Rubem Alves. Obrigada, Rubem Alves, por essas palavras. Por outro lado, também podem ser pancadas na alma, por isso precisamos dominá-las e, assim, dominarmos a nós mesmos. Não foi com o domínio da linguagem e a construção da palavra escrita que teve início a história e a rápida evolução da humanidade? Tem sentido...
Seja em situações boas ou ruins, fáceis ou difíceis de nossa vida, as palavras nos dão entendimento, alento, motivação, ou quiçá... confirmação, afinal, muito do que afirmam os autores dessas conhecidas citações, todos nós já sabemos. Mas, ao confirmarmos nossas ideias, elas podem tornar-se fachos de luz mais fortes em momentos de penumbra.
Por fim, as frases aqui reunidas não estão só para serem lidas, conhecidas e lembradas, outrossim, para serem pensadas e usadas. Pensar é artigo de luxo, não custa nada e pode ser decisivo na nossa caminhada. Ao pensar sobre as ideias que seguem, podemos dar sentido a elas de acordo com nossa própria realidade, ressignificando-as, associando-as, apropriando-nos e incorporando-as a nossos próprios valores e, assim, só assim, passaremos a pensar e agir de acordo com o que expressam, se assim for a vontade.
As palavras se juntam para explicar quem somos, mas não somos nossas palavras, somos nossas ações. Ler é uma ação que aumenta nossas possibilidades de agirmos com mais bom senso e de convivermos cada vez melhor com o mundo, com as pessoas que estão à nossa volta e até conosco mesmos. Nas palavras de Delors, “é só convivendo melhor que nos tornamos pessoas melhores”.
Assim, desejamos aos nossos leitores boa leitura, boas reflexões e... boa vida!
Tim-tim!
Sumário
Palavras / 7
Prefácio / 9
Apresentação / 11
Alegria / 15
Amizade / 17
Amor / 19
Aprendi / 24
Arte / 27
Aventura / 30
Bom senso / 31
Bondade / 32
Casamento / 33
Ciência / 37
Conselhos / 40
Coragem / 43
Crianças / 44
Criatividade / 46
Cuidado / 47
Culinária / 50
Deus / 53
Dinheiro / 54
Interrogações / 56
Educação / 57
Esperança / 60
Esporte / 62
Experiência / 63
Família / 64
Fé / 66
Felicidade / 67
Filhos / 69
Futuro / 71
Genialidade / 73
História / 74
Homens e mulheres / 75
Humor / 77
Ideias / 79
Ignorância / 80
Imaginação / 81
Inteligência / 82
Justiça/injustiça / 83
Liberdade / 85
Literatura / 87
Medicina / 92
Moral e ética / 94
Morte / 95
Motivação / 98
Música / 101
Natureza / 102
Objetivos / 103
Otimismo/pessimismo / 105
Paixão / 106
Palavras / 108
Perseverança / 111
Poder / 112
Poderia não ter dito / 113
Política / 114
Problemas/soluções / 117
Prudência / 118
Psicologia / 123
Relações humanas / 125
Riqueza/pobreza / 128
Sabedoria / 130
Saudade / 134
Saúde/doença / 135
Sensibilidade / 137
Sensualidade / 138
Sexo / 139
Solidariedade / 141
Sucesso/insucesso / 143
Tem sentido... / 147
Tempo / 153
Terceira idade / 157
Trabalho / 159
Valores / 161
Verdade / 163
Viagem / 167
Vida / 168
Referências bibliográficas / 170
Índice remissivo / 172 |