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Filosofia do envelhecimento humano: considerações históricas e sociológicas

Autores: Astor Antonio Diehl, Nadir Antônio Pichler
Pág.: 188

Edição: 1ª
Formato: 14x21 cm
Idioma: Português
Lançamento: 2013
ISBN: 9788582000278

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Abas

A todo momento experimentamos as mesmas coisas de muitos lugares, olhares e sensibilidades culturais. Todavia, o resultado dessas sensações é sempre diferente. Essa simples constatação, se levada adiante, como padrão de estudo, traz consigo a medida de todas as dificuldades que enfrentamos quando nos dedicamos a pesquisas sobre o envelhecimento humano, ou mais especificamente sobre a compreensão dos processos do envelhecer, observado a partir dos desejos, das emoções, dos sentimentos e, portanto, das subjetividades.

Já que somos efetivamente diferentes uns dos outros, em termos sociais, psíquicos e culturais, isso nos leva a uma contradição em termos de uma ciência do envelhecimento humano. Em primeiro lugar, não existiria a possibilidade de apreendermos conhecimentos gerais, pois os processos são individuais; segundo, e em consequência do primeiro, não conseguiríamos pensar historicamente as experiências culturais, vistas pelas suas respectivas especificidades. Como construir uma ciência do envelhecimento humano sobre esse paradoxo? Esse é o ''x'' da questão.

Contracapa

Estudar o envelhecimento humano é fascinante, especialmente porque não temos um receituário capaz de dar conta da pluralidade das experiências e dos conhecimentos que o envolvem. Esse fato nos desafia a questionar à maneira de Max Weber: O que leva alguém a perseguir algo durante a vida inteira, se de antemão já sabe que jamais encontrará? ...ou à maneira de pensadores da Antiguidade e da Contemporaneidade, tal como propomos neste livro.

Claro que isso não deve ser lido com ares de resignação ante a impossibilidade de um conhecimento que seria imutável... deveria, por outro lado, levar ao ponto mais próximo possível da verdade e daquilo que almejamos em relação ao envelhecimento humano como área de conhecimento, ou seja, sobre como enfrentar o processo do envelhecer com menos custos.

Nessa perspectiva, entendemos que o tempo presente, como fascínio da pluralidade dos conhecimentos, vinculados também a outras ciências, pode possibilitar questionamentos a partir de dois vetores principais: a) o sentido de reconstituir ideias de futuro no passado; b) compreender tais ideias como significado para uma estrutura de pensamento que fundamente os argumentos de uma cultura da mudança no tempo presente.

Apresentação

Os autores

Escrever. Escrever sozinho já é difícil. Imaginemos escrever um texto a quatro mãos. Cada qual com suas ideias, maneiras e trejeitos, formações e experiências. Enfim, isso se torna difícil, ao quadrado. Contudo, continuamos achando que escrever é uma paixão e, nesse caso, vale lembrar que cada um se apaixona de forma diferente por coisas distintas.
Quando resolvemos escrever este livro, ainda durante o mês de maio, idealizávamos um texto uniforme, sem arestas, ou seja, redondo. Que nada!

Somou-se a este aspecto primário de fazer um livro juntos uma segunda inflexão: "Quê tema escrever?" Não tivemos dúvidas, foi sobre o envelhecimento humano, entendido, nesse caso, a partir de seus aspectos filosófico-culturais. Tal opção se deveu a várias razões. Quem disser que foi porque a certidão de nascimento está amarelando, acertou uma delas.

Outro complicador para escrever a quatro mãos é o envelhecer. Na fórmula estatística, todos envelhecemos. Contudo, individualmente, isso acontece de maneira particular, cada um com experiências, valores, expectativas e aspectos sociais relacionados até mesmo com a aposentadoria e assim por diante. Somos diferentes em tudo, apesar de sermos humanos. Nascemos e morremos. Assim funciona a humanidade, a individualidade de sermos sujeitos de nossas ações.

Pois bem, cada qual tem sua individualidade, mas continuamos sendo gente. Então, se é assim, onde podemos nos encontrar? Talvez o nó górdio esteja exatamente na possibilidade de pensarmos conscientemente o devir: o amanhã, o envelhecimento humano. E esse também é o nosso destino. Então, a partir de uma perspectiva das humanidades, encontramos um denominador comum como ponto de partida para refletir sobre um tema tão atual e ao mesmo tempo tão difícil.

Decidimos fazer um livro em duas partes. Afinal, a temática da arte do envelhecimento humano sempre foi objeto de preocupação e de estudo, inclusive nos tempos dos gregos e romanos. Porém, atualmente, devido ao paradigma do envelhecimento, iniciado na década de 1970, há estudos mais fidedignos, logicamente pela evolução das ciências e a apropriação das novas tecnologias, mas as incertezas da alma, da subjetividade humana, os valores em torno de uma vida boa, ainda continuam a ser objeto de busca e de realização, principalmente numa idade mais avançada.

A Parte I desta obra constitui-se de uma introdução e dois capítulos, com ideias concernentes ao processo do envelhecimento humano, à finitude humana e à brevidade da vida, destacando algumas teses essenciais do humanismo latino acerca destas temáticas. Afinal, muitas das ideias descritas e analisadas em Cícero e em Sêneca ainda são bastante atuais. Isso porque, em relação à subjetividade, apesar de os valores humanos evoluírem e mudarem constantemente, algumas coisas permanecem desafiadoras à consciência humana em todas as épocas.

O primeiro capítulo, A arte de envelhecer em Cícero, expõe, então, alguns aspectos da vida deste pensador romano, junto de resumos de suas principais obras, atendo-se ao tratado filosófico, ou àquilo que trata da arte de envelhecer, explorando aspectos filosóficos do tema em questão.

No segundo capítulo, intitulado Envelhecimento humano, finitude humana e a vida em Sêneca, adentrou-se em algumas obras deste autor, especificamente nas Cartas a Lúcio, Sobre a vida feliz e Sobre a brevidade da vida. Nesses tratados, Sêneca descreve e analisa, com muitos detalhes, a natureza do processo do envelhecimento humano, a arte da finitude da vida, alertando-nos, sobretudo, de como a vida é breve. Além disso, o pensador romano desenvolve algumas reflexões de como se comportar ou progredir moralmente frente aos grandes desafios da vida, dentre eles, a arte de viver bem, em busca de uma vida boa, e o processo de morte e o morrer, principalmente, na velhice.

Já na Parte II, composta de uma introdução mais quatro capítulos, há uma clara tentativa de inserir o debate sobre o envelhecimento humano na cultura contemporânea. A proposta é trazer para a discussão alguns pontos que podem quebrar a abstração sistêmica da linguagem naturalista de dentro (a partir do centro), para então mostrar a própria fragilidade do domínio das verdades consolidadas através da ciência moderna. Isso significa abrir uma fissura e a partir dela, muito provavelmente, alcançar maior transparência para compor elementos para as muitas interfaces desses estudos sobre o envelhecimento humano.

Essa perspectiva quer, sobretudo, afirmar que os desejos e as subjetividades, assim como os sofrimentos e os sonhos, podem se tornar algo específico para as explicações e as compreensões da ainda estranha experiência do envelhecimento, porém dentro do fascinante e do complexo mundo das linguagens científicas. Aliás, essa é a maneira pela qual os homens e suas experiências chegaram ao mundo presente, sempre quando procuravam saber sobre as ideias de futuro que as sociedades tiveram no passado. O que, em outras palavras, significa compreender o presente.

Sumário

Apresentação / 7

Parte Parte I - A arte de envelhecer e a  filosofia
por Nadir Antônio Pichler

Introdução: Envelhecer na brevidade da vida / 15

Cap. I - A arte de envelhecer em Cícero / 21

Aspectos da vida / 21

Obras  / 23

De senectute ou “Saber envelhecer”  / 28

A velhice afasta o idoso da vida ativa / 31

A falta de vigor físico  / 33

Privação dos prazeres na velhice / 36

A velhice aproxima a pessoa da morte / 45

Cap. II - Envelhecimento humano, finitude humana e a brevidade da vida em Sêneca / 51

O sábio e a velhice / 52

a) Seguir as doutrinas necessárias / 58
b) Deve-se viver segundo os princípios da natureza / 60
c) Deve-se buscar a arte de viver bem / 62

O envelhecimento humano do sábio e o processo da morte e do morrer  / 67
A brevidade da vida  / 79
Considerações finais  / 93
Referências  / 96
 
Parte II - desejo, subjetividade e envelhecimento humano
por Astor Antônio Diehl

Introdução: Os desejos simplesmente estão aí! / 101

Cap. i - Tempo presente, ciência e subjetividade / 109

Cap. II - O que são os desejos? / 127

Cap. III - As possibilidades dos desejos na cultura contemporânea / 135

A outra realidade: ciência e desejo / 135

Fantasia e sensibilidade / 137

A catástrofe emocional / 139

O fim da religião / 141

A loucura como mundo do desejo / 143

A necessidade e o desejo / 144

A ordem do desejo / 146

A destruição da segunda natureza / 147

A morte e a sexualidade / 148

Cap. IV - Desejo e racionalidade / 151

Envelhecimento humano e ciência / 151

O desejar / 154

O poder do desejar e necessidades / 155

A racionalidade como segurança e como destruição da capacidade de desejar / 156

Racionalidade e loucura / 157

A crise do sujeito / 159

Fim da história e o sujeito / 160

Considerações finais / 169

Referências / 177

 
 

 

   
   
      


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